Frente da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras discute uso medicinal da maconha

O vereador Gibi Professor (Podemos), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Doenças Raras, realizou um bate-papo no Plenarinho da Câmara, na segunda-feira (24/6) com uma especialista da Unicamp e pessoas interessadas em discutir o uso medicinal da maconha.

A professora Priscila Gaza Mazzola, coordenadora do Laboratório de Farmacotécnica e Cuidados em Saúde da Unicamp, defendeu que se aproveite melhor os impactos positivos da maconha no tratamento de saúde, ampliando a possibilidade de tratamento.

Hoje, o uso medicinal está restrito a três síndromes raras: a Síndrome de Dravet, a Síndrome de Lennox-Gastaut e a Esclerose tuberosa.

Para Priscila, a maconha pode ser usada no tratamento de epilepsia, Alzheimer, Parkinson, autismo, inflamação, dor crônica, ansiedade e até câncer, com a redução de efeitos colaterais provocados por outras medicações e menor custo se comparado com tratamentos tradicionais.

A pesquisadora disse que o governo de São Paulo já regulamentou lei que permite a distribuição de remédios à base de canabidiol. A legislação ainda está restrita às três síndromes, mas é possível aumentar a lista conforme se provar a eficácia clínica do medicamento.

A presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de Paulínia, Milena Trama, e a representante da Federação das Associações de Cannabis Terapêutica, Luana Silva, presentes ao bate-papo, apoiaram a iniciativa.

As reuniões da Frente Parlamentar são mensais, geralmente na última segunda-feira de cada mês.

Texto: Eloy de Oliveira

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